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Histórico da Estância do Chalé

A Estância do Chalé se caracteriza por ser uma empresa familiar do setor primário que atua na pecuária e na agricultura, em Cachoeira do Sul, no Estado do Rio Grande do Sul, na região conhecida como Depressão Central. No setor da pecuária abrange bovinos – raças Angus, Brangus e Ultrablack – e ovinos – raça Texel, em ambos possuem a comercialização de genética e animais para abate. Já no setor da agricultura destacam-se a cultura de arroz e soja, iniciando com integração lavoura e pecuária em 2016.

A Estância do Chalé foi adquirida por Armando de Lara, médico de profissão, em 29/11/1966, para ser uma propriedade destinada à exploração da pecuária extensiva. O primeiro lote de terra era constituído por 1.015 hectares. Este lote fazia parte de uma vasta extensão de terras de aproximadamente 7.200 hectares no município de Cachoeira do Sul/RS, de um único proprietário chamado Sebastião Alves, nos princípios do século XIX.
Sucessivas aquisições foram feitas por Armando de Lara, formando uma propriedade que, atualmente, possui 3.464 hectares.
Inicialmente, era explorada com pecuária de corte, incluindo animais de raças diversas, todos destinados para o abate. A ideia inicial do fundador não era de explorar a agricultura, porém pelas características da propriedade, rica em recursos hídricos e solos planos de várzea, no ano de 1970 iniciou a cultura do arroz, formando uma integração extremamente simples entre agricultura e pecuária.

Com o propósito de definir uma raça para padronizar o gado da propriedade, em 1972, Armando fez as primeiras aquisições de animais registrados da raça Aberdeen Angus. Esses animais foram a base genética do núcleo da atual Cabanha de Angus da Estância. O proprietário, em uma viagem pela Europa, viu na Holanda, ovinos da raça Texel, animais adaptados a solos baixos e úmidos. Certo da adaptação destes animais em solo gaúcho, em 1973 fez a importação de animais desta raça, por meio do governo do Estado do Rio Grande do Sul. Devido a esta importação, estes animais se transformaram em uma Cabanha tendo conquistado já prêmios na EXPOINTER (Exposição Internacional de Animais/RS).

Em 1976, implantou-se na propriedade uma infraestrutura de secagem e armazenagem dos grãos colhidos, devido a problemas de má administração das cooperativas locais. Já em 1995, com a informatização, foi adquirido um programa denominado ADM RURAL, para armazenar e formar um banco de dados da propriedade, facilitando o gerenciamento e análise de custos.
No ano de 1996, Armando de Lara foi a um remate em Uruguaiana/RS com o objetivo de comprar mais animais da raça Angus. Pelo motivo de ausência de compradores neste evento, devido ao mau tempo, viu a oportunidade de adquirir vacas e touros da raça Brangus por preços muito baixos. Iniciou-se, dessa forma, a criação de outra raça bovina na propriedade.
Em 2003, com o objetivo de criar pastagens de inverno para os bovinos, foi assinada uma parceria com um proprietário vizinho sojicultor, de acordo com a qual, este semeava a soja no verão e aveia com azevém no outono.

No ano de 2007, faleceu Armando de Lara. Após este ano, a cultura da soja foi introduzida pelos proprietários na várzea, com fins de rotação com a cultura do arroz.
A propriedade destina 1.120 ha de várzea para o plantio de arroz, sendo dividido em dois cortes. Anualmente são plantados cerca de 500 ha da cultura, tendo como principais cultivares GURI, IRGA 424 e 431.

Além disso, são destinados 100 ha para a cultura da soja, também na várzea, com o objetivo de beneficiar a cultura do arroz, diminuir a presença de invasora e demais benefícios para o solo. Em 2016, a propriedade foi escolhida para participar do Projeto Soja 6000 do IRGA (Instituto Rio Grandense do Arroz). O projeto faz parte do programa de manejo de soja em áreas de arroz irrigado para alta produtividade do IRGA, e o nome foi escolhido a partir da sua meta, que é atingir uma produtividade de 6 mil quilos por hectare. Os objetivos principais do Soja 6000 são desenvolver práticas de cultivo para a obtenção de altas produtividades de soja; operacionalizar um sistema de transferências de informações; e gerar e difundir tecnologias nesta área.
Ciente da demanda de alimentos do mundo e tendo em vista os alertas feitos sobre os riscos do sistema da monocultura a longo prazo, em 2016 a propriedade buscou o auxílio externo de empresa particular para iniciar um projeto de ILP – Integração Lavoura Pecuária, com auxilio da empresa privada SIA – Serviço de Inteligência no Agronegócio.

Em 2018, iniciou-se com a raça Ultrablack, cruzamento advindo das raças Angus e Brangus. O objetivo da introdução dessa raça na Estância do Chalé foi a busca por mais rusticidade nos animais, choque de heterose, além de ser mais uma opção de produto para oferecer aos nossos clientes nas exposições, feiras e leilões. Atualmente, a propriedade é administrada pela segunda geração, composta por Ricardo Eichenberg de Lara, engenheiro agrônomo.

Atentando a importância do processo de sucessão na empresa, a terceira geração, representada por Camila de Lara, já iniciou o trabalho na empresa. A Estância do Chalé entende que a partir da implantação da governança e do planejamento de sucessão, são vencidos os desafios de transferir a empresa da primeira para a segunda geração e assim por diante, sem prejuízo da harmonia da família, mantendo o negócio saudável e competitivo, crescendo e gerando resultados sólidos, projetando o patrimônio para as futuras gerações e trabalhando os jovens, para terem compromisso com o legado familiar.

A família está muito presente na Estância do Chalé, através daqueles que já se foram e que deixaram no nosso legado muito conhecimento e saudades, sendo Armando, Iná Ilse e Fernando de Lara. Seja através daqueles que hoje já estão aposentados, mas que se dedicaram por anos para a Estância do Chalé, como Jorge de Lara. Hoje, a propriedade é administrada por Ricardo e Camila de Lara, e conta com a ajuda dos queridos Conselheiros Paola, Ravi e Tomás de Lara.

Equipe Estância do Chalé
Equipe Estância do Chalé
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